Nesta semana, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou que “não há espaço” para prorrogar o auxílio emergencial. Maia afirma que concorda com o governo federal e que é necessário construir “um caminho”. “Mas esse debate nós vamos fazer em outro momento”, disse ele.
A declaração de Maia foi dada após reunião com Paulo Guedes, ministro da Economia. O presidente da Câmara explicou que o principal assunto da reunião foi o teto de gastos do governo; Maia está preocupado com a possibilidade do governo furar o teto e defendeu que o gasto do dinheiro público deve ser melhorado. “Não tem jeitinho. (…) Você explode o teto de gastos de um lado e a economia afunda do outro”, disse ele.
Já sobre o teto de gastos, Maia afirma que Guedes concorda que ele não será desrespeitado. “A Câmara não vai pautar nenhuma prorrogação do estado de calamidade”, disse ele em sua conta no Twitter. De acordo com Paulo Guedes, os conselheiros que defendem que Bolsonaro rompa o teto de gastos fazem o presidente entrar numa área de incertezas, que pode levar à irresponsabilidade fiscal e impeachment.
Entretanto, nesta quinta-feira, 13 de agosto, Bolsonaro afirmou “Ideia de furar o teto de gastos existe, qual o problema?”. Nesta sexta-feira, 14 de agosto, ele recuou e afirmou que a responsabilidade fiscal segue sendo o norte do governo.